Daniel Cione
A News LEXNET entrevistou o advogado Daniel Cione, novo membro LEXNET, profissional especializado em Direito Societário e Contratual. Ele é o primeiro profissional da Rede na categoria “Advogado Colaborador”. Conheça nosso parceiro!
1 – Fale um pouco da sua historia e de suas áreas de atuação.
DC – Me especializei em Direito Societário e Contratual, tendo atuado por mais de 18 anos como associado e/ou sócio de grandes e médios escritórios, tais como Pinheiro Neto, Tozzini Freire e Brandi. Durante a minha carreira tive a oportunidade de trabalhar em diversas operações societárias relevantes e de destaque, envolvendo empresas de grande e médio porte, nacionais e multinacionais, tais como fusões e aquisições, privatizações, reorganizações societárias de grandes grupos empresariais, etc. Adicionalmente ao Direito Societário também sempre tive forte atuação na área contratual, envolvendo não apenas grandes negócios, como também questões do dia a dia de empresas.
2 – Quais os principais desafios?
DC – Hoje o grande desafio é ter estrutura e uma marca conhecida. A atuação em direito societário demanda o apoio de outras áreas tais como tributária, ambiental, trabalhista, etc., o que faz com que apenas grandes bancas consigam ter projeção setor. Nesse sentido o ingresso na LEXNET pode vir a se tornar extremamente profícuo, uma vez que poderei contar com as especialidades de parceiros, que poderão fornecer apoio às operações em que atuo.
3 – Quais teses/casos que mais te desafiaram nos seus anos de atuação?
DC – Como trabalhei por bastante tempo em escritórios de renome, tive a oportunidade de atuar em diversos casos importantes mas, com certeza, os casos mais desafiadores que me lembro foram aqueles em que atuei ainda no início de carreira, provavelmente devido a uma mistura de falta de experiência com a empolgação característica da juventude. Me lembro bastante das diversas privatizações e aquisições nas quais atuei como parte de equipes muito competentes, principalmente durante a década de 1990. Aqueles foram anos muito bons para a advocacia.
4 – Que área(s) trazem a(s) maior(es) receita(s)?
DC – No passado a área societária era o carro chefe porém, dada a grave situação econômica do país e as crises política e de confiança que vivemos atualmente, as grandes operações societárias vêm se mostrando escassas. Por essa razão, nos últimos anos a área contratual é a que vem trazendo mais receita.
5 – Quais medidas que você está tomando ou prevê tomar para expansão das suas atividades?
DC – Além da LEXNET, tenho feito algumas parcerias com outros escritórios, principalmente bancas de pequeno e médio porte que não tem as áreas em que atuo e precisam desse tipo de serviço para seus clientes. Nesse contexto, o ingresso na LEXNET também vem a reforçar essa estratégia.
6 – Estamos nos caminhando para o final de 2018, ano que foi marcado, mais uma vez, por uma forte instabilidade politica e econômica. Qual a análise que você faz no mercado jurídico e o que ainda é possível esperar para esses próximos 3 meses.
DC – 2018 está bem parecido com o período do processo de impeachment da Dilma, durante os anos de 2015 e 2016, ou seja, todos empresários e executivos estão no modo “stand by”, tentando sobreviver, segurando os investimentos e esperando o resultado das eleições para poder ver o que esperar para o próximo ano e então se planejarem. Nesse sentido o mercado jurídico para as áreas ligadas a negócios e investimentos vem sofrendo os reflexos de tal estagnação. Por outro lado, o que posso observar é que algumas áreas que não dependem diretamente de investimentos e negócios, tais como os contenciosos de um modo geral, bem como aquelas que decorrem da burocracia do país, como a área tributária, seguem em seu ritmo normal, independentemente das crises econômica e política. Dada essa situação, não vislumbro nenhuma mudança significativa no mercado para os próximos 3 meses. Já para 2019, tudo vai depender do resultado das eleições e de como o empresariado irá reagir a ele.
7 – E no judiciário? O que você destacaria?
DC- O que tem me surpreendido cada vez mais em relação ao Judiciário é a significante ausência de comprometimento de boa parte de seus membros com a efetiva observância dos preceitos legais. Tenho visto com frequência alarmante membros do judiciário cada vez mais julgando ações com base exclusivamente em suas convicções pessoais sobre o tema, ainda que estas se mostrem incompatíveis com a legislação aplicável. Esse tipo de conduta acarreta problemas e distorções muito graves e acaba gerando um ambiente de total insegurança jurídica no país que, por sua vez, afasta os investimentos de que tanto necessitamos para superar a crise.
8 – Em relação à LEXNET, qual a sua perspectiva com essa parceria? E como a LEXNET poderia ajudar?
DC – Curiosamente eu já vinha estruturando um modelo de parceria muito similar ao que a LEXNET propõe. Durante esse processo acabei conhecendo a Dra. Ana Cecília, que me apresentou à LEXNET. De cara percebi que a “filosofia” de atuação da LEXNET é muito próxima da minha visão do futuro da advocacia empresarial no Brasil e, por isso, aceitei o convite dela de vir a me tornar um membro da LEXNET. Minhas expectativas para essa parceria são justamente poder contar com a atuação de outros parceiros nas suas respectivas áreas de excelência e alavancar negócios para a minha firma.