Cabecalho  
 
45ª EDIÇÃO - 13 de Março de 2013
 
  INSTITUCIONAL  
 

DISCUSSÃO DE PONTA

OBAMA E AS MINORIAS
Por Chyntia Barcellos, LEXNET Goiânia.


Não podia ser diferente. Obama foi reeleito com 51% dos votos e a ode às minorias é coerente. Depois de uma eleição acirrada, agora é hora de colocar os planos em prática, já que os primeiros quatro anos foram para organizar os danos deixados pelo antecessor. Em suma, a crise é resultado do aumento de impostos para os mais ricos. São justamente estes que manifestam rejeição à implantação das nominadas “leis igualitárias” a favor das mulheres e das minorias. Além disso, contestam a aprovação de leis de imigração e ainda resistem aos tratados acerca do meio ambiente.
Sobretudo, é preciso sintetizar que a referência “nós, o povo”, feita cinco vezes pelo presidente americano reeleito, no discurso à sua plateia, sinaliza as mudanças. Embora direitos estejam sendo alcançados pelas minorias, estas ainda sofrem e padecem em um sistema de políticas públicas quase inexistentes. Por isso, quando a maior economia do mundo (mesmo em crise) lança o olhar para o lado, o mundo se curva e agradece, já que estamos todos justapostos, independentemente de riquezas, status social, sexo, cor, raça e orientação sexual. Tal reverência vem do reconhecimento, apesar dos pesares, de que esta reeleição é histórica e emblemática.
Pela primeira vez no mundo a população americana decidiu pelo direito ao casamento homossexual em três Estados americanos, votando por meio de um referendo acoplado à eleição em novembro de 2012. Sem contar que em nenhum país do mundo, um presidente foi tão específico, direto e entusiasmado ao falar dos gays. Não houve nenhuma restrição, incômodo ou medo, características estas, visíveis no governo da presidente Dilma.
É fato que os Estados Unidos têm uma trajetória de grandes lutas relativas aos direitos civis das minorias. Diante desse histórico, Obama fez questão de enfatizar em seu discurso que “nossa jornada não estará completa enquanto nossos irmãos e irmãs gays não forem tratados como todas as outras pessoas perante a lei. Pois, se somos verdadeiramente criados iguais, então com certeza, o amor que dedicamos uns aos outros também deve ser igual”. Mesmo reconhecendo o imperialismo, as falhas e o capitalismo exacerbado, o sentido de igualdade nacionalista (e progressista) proposto nos enche os olhos e faz pulsar os sentimentos, já que tudo soa humanidade e luz para os novos tempos.


*Chyntia Barcellos é presidente da Comissão de Direito Homaofetivo da OAB - GO.
E-mail: chyntia@chyntiabarcellos.com.br.

 
 
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