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Imprensa - Notas

Imprensa – Notas

Gazeta Mercantil
Data: 20/04/2009

Direito Corporativo

Aliança faz aumentar honorários de escritórios de pequeno porte

São Paulo, 20 de Abril de 2009 – A aliança entre escritórios pequenos – alternativa para prestar um serviço melhor aos clientes, trocar conhecimento, conquistar novos negócios e compe-tir com grandes bancas – fez aumentar o número de negócios assessorados por estes escritórios. “As alianças, entre os mais variados setores empresariais, estão sendo feitas para reduzir custos, aumentar negócios e garantir, muitas vezes, um menor custo ao consumidor”, afirma o advogado André de Vasconcellos Chaves, do escritório gaúcho Bastos e Vasconcellos Chaves Advogados. Apesar de não fazer parte de uma rede específica, Chaves conta que sua banca tem parceria com outros 35 escritórios brasileiros e que os negócios realizados dentro desta aliança representam cerca de 25% do faturamento da sua banca. “A expansão é uma forma de atender melhor o cliente”, enfatiza Chaves ao afirmar que há interesses comuns entre as empresas que fazem alianças e que é necessário avaliar a concorrência de forma diferenciada para garantir o crescimento dos negócios.

A advogada Lucia Zimmermann, diretora da Lexnet, também garante que os honorários obtidos pelos serviços que são realizados entre os escritórios da rede cresceram 1.100% desde a consolidação da aliança, em 2005, até março deste ano. Além disso, ela afirma que o número de bancas que fazem parte da rede aumentou 117%. No fim de 2005, a rede contava com 12 associados e no mês passado eram 25 escritórios fazendo parte desta aliança. Lúcia conta ainda que o total de serviços demandados entre as bancas cresceu 213% entre 2005 e 2008. “Deixamos de ser uma rede de relacionamento e tornamos efetivamente uma rede de negócios”, diz a advogada.

A expectativa, segundo ela, é que o número de negócios realizados dentro desta rede atinja R$ 1,5 milhão este ano. Em 2008, foram cerca de R$ 500 mil.

Apesar de mais nova, Aliança Brasileira de Advocacia Empresarial (Albrae), também começa a colher os frutos do trabalho em conjunto. O advogado Stanley Frasão, do Homero Costa Advogados e que faz parte da Albrae, diz que entre novembro do ano passado, quando a rede foi constituída, até agora foram realizados mais de 30 negócios entre os escritórios que fazem parte da aliança. “Sinto que estão todos muito satisfeitos com os resultados”, afirma o advogado, que na última sexta-feira participava de um encontro entre os escritórios que compõem a Albrae. “Dezoito escritórios, das principais capitais, já fazem parte da rede e hoje (sexta-feira) mais quatro escritórios estão ingressando”, orgulha-se Frasão. Ele afirma que a expectativa é de crescimento. “Hoje temos uma associação jurídica sem fins lucrativos”, explica o advogado. Ele conta que pretendem assinar um contrato formal com o aval da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e, com isso, deve crescer ainda mais os negócios entre as bancas. “Teremos mais clareza, especialmente na parte financeira porque teremos uma tabela de honorários com base no que está previsto na OAB e isso vai facilitar os negócios”, esclarece.

Troca de informações 

Além do crescimento no número de negócios, os advogados destacam que a atuação na rede contribui também para a troca de informações e aprimoramento profissional. “Há uma troca cultural grande porque passamos a ter contato com colegas de diversas regiões”, diz Stanley. “A aliança nos permite ter uma expansão territorial de atuação, a possibilidade de atender aspectos sofisticados porque passamos a ter advogados especializados em diversas áreas e há também um desenvolvimento da gestão empresarial do negócios”, comenta Lúcia.

O administrador Rudinei Modezejewski, que foi responsável pela criação da LexPerfecta, resolveu mudar o foco de atuação. A atuação em rede, no seu caso, não decolou. Fatores financeiros tiveram impacto decisivo. E o que começou como uma rede de escritórios de advocacia agora vai se tornar um portal jurídico.

(Gazeta Mercantil/Caderno A – Pág. 9)(Gilmara Santos)