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Por Gisele Gaspar, Managing Director & Partner Telos Transition, LEXNET Prestador de Serviços.
Tendências de uma nova era de humanização no trabalho.
100% dos clientes são pessoas. 100% dos funcionários são pessoas. Se você não entende nada de pessoas, você não entende o negócio.” – Simon Sinek
Muito já se falou da importância das pessoas dentro das organizações. Porém, na maior parte das vezes, mais por isto ser politicamente correto e menos porque de fato elas eram tidas como parte essencial de toda engrenagem corporativa. Por quanto tempo a real essência das pessoas ficou escondida por detrás das máscaras necessárias para desempenhar o seu papel no mundo dos negócios?
Simon Sinek, de uma forma simples e óbvia, nos expõe o que ao longo dos anos, deixamos para trás dentro das organizações – Pessoas.
O foco excessivo nos processos, na busca por resultados cada vez mais audaciosos, nos conceitos e nomenclaturas cada vez mais elaborados, assim como, em todos os seus desdobramentos, ocuparam toda nossa atenção e foco. E assim, as pessoas se tornaram um mero elemento neste emaranhado do todo.
Interessante observar que movimentos começaram a surgir ao longo dos últimos anos onde o foco era de novo o óbvio – ouvir de verdade as pessoas e a partir disso desenvolver o que era desejado:
Assim, entendeu-se que para a organização ter sucesso ela tinha que simplesmente ouvir o que o cliente queria. Foi assim que surgiu a onda do customer centricity, na qual a base era entender a real necessidade do cliente e, a partir disso, desenrolar todos os processos internos para atendê-lo e, desta forma, obter sucesso e fidelidade;
Na sequência veio então o employee experience, onde o colaborador precisava também ser ouvido para que os processos internos pudessem ser alavancadores de sua experiência e não motivos de frustração e não pertencimento;
Em seguida, a transformação digital chegou postulando uma máxima que dizia – “esta transformação não é sobre tecnologia e sim sobre pessoas”. O fator humano é destaque em todos os estudos sobre este tema e é a força catalisadora por trás da evolução e revolução dos negócios.
Sem falar na explosão do tema propósito: a importância de se encontrar um propósito na vida e como isso começou a influenciar a busca de um trabalho que tivesse mais significado muito além do salário e dos títulos organizacionais. Logo esta dimensão passou também a ser discutida dentro das organizações, dado o seu impacto nos processos de atração e retenção.
Estes são alguns dos exemplos que deixam claro que, com a evolução da consciência humana, entendeu-se que o centro de tudo são as pessoas e que são elas que devem ser olhadas e cuidadas. Evidentemente não existem sozinhas pois, processos, tecnologia e demais aparatos organizacionais são importantes, podendo e devendo conviver, mas com uma ordem de prioridade mais clara.
Dados interessantes da Deloitte através do seu relatório anual Insights mostram como o olhar genuíno para as pessoas passa a ser ponto cada vez mais alto nas organizações.